domingo, 20 de dezembro de 2015

Soledad




Clap clap clap clap clap clap clap clap, assim. Três batiam palmas, um saltava para o meio, os transeuntes na escadaria a ver. Há alturas da vida em que ficamos novamente jovens, ou fingimos bem o suficiente para nos enganarmos. Mas de noite, chegava-me uma angústia, quando era para dormir. angústia. Levantava-me da cama, deixava-a a descansar e ia sozinho perder-me até começarem a assobiar nas ruas os que levam o lixo, os que abastecem os bares. Todos assobiavam. E depois as freiras a brilharem ao sol, os cavalos a começarem a preparar-se para o dia. Dirigia-me para o terraço do hotel. Ficava a comer, beber, fumar, à espera. Ela pegava em mim e levava-me para um jardim onde dormíamos ao calor.

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